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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Matas, florestas ripícolas e de fundos de vale





Galeria ripícola, Rio Tajuña


Nesta região, observa-se florestas decíduas favorecidas pela humidade do solo, que se mantém assim quase todo o ano. Isto permite-lhes evitar o longo período de seca estival, que caracteriza o clima mediterrâneo.

Neles acontece um mosaico característico, desde a margem do leito fluvial ao limite exterior dos bosques.

As florestas mais dependentes da água situam- se na margem (amieiros, salgueiros) e os mais independentes no exterior (freixos, ulmeiros, choupos).

Estas florestas são formadas por salgueiros, choupos, amieiros, ulmeiros e, por vezes, por carvalhos-negrais, tílias, abetos e aveleiras. Quando a presença da humidade começa a diminuir nas zonas mais áridas do Vale do Ebro, a metade sul da Península vem, frequentemente, acompanhada por um aumento de sais no solo; nestas condições encontra-se formações arbustivas de tamargueira, loendros e juncos (Saccharum ravenae).

Nos terrenos baixos do interior, sobretudo nos argilosos, são mais frequentes os ulmeiros (Ulmus minor) e choupos, acompanhados, em certas ocasiões, por freixos e salgueiros.

Nos fundos de vales graníticos e nas ribeiras de terrenos silícios, existem formações muito típicas de freixo com carvalhos-negrais, especialmente ao pé das serras interiores. Os desfiladeiros protegidos das Serras de Cuenca possuem florestas ribeirinhas de formação mista de tílias e aveleiras, com freixos, salgueiros e olmo-montano (Ulmus glabra).

Estas florestas sofrem de problemas de conservação, pois frequentemente ocupam terrenos muito férteis, sujeitos desde os primórdios da humanidade a fortes pressões humanas, principalmente de cariz agrícola e para acesso à água.