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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Javali






Nome binomial

 Sus scrofa, conhecido popularmente como javali (do árabe djabali, significando porco montanhês), javardo, porco-bravo e porco-montês (as fêmeas são conhecidas como javalina e gironda).

 É um mamífero artiodáctilo, da família Suidae, de médio porte e corpo robusto.

 É a mais conhecida e a principal das espécies de porcos selvagens.

Tem ampla distribuição geográfica, sendo nativo da Europa.

Evoluiu o actual porco doméstico (Sus domesticus ou Sus scrofa domesticus).

Características físicas

Os javalis são animais de grandes dimensões, podendo os machos pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg.

Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma altura no garrote de 100 cm.

Os machos são consideravelmente maiores que as fêmeas, além de terem dentes caninos maiores.

O corpo do javali é robusto e estreito, com patas relativamente curtas.

Tem uma cabeça grande, triangular, com olhos pequenos, mas quando é criado junto aos porcos domésticos, para criar o híbrido javaporco, o crânio começa a mudar ficando mais assemelhado ao do porco doméstico.

Os quartos dianteiros do javali são mais robustos que os traseiros, enquanto que no porco doméstico ocorre o contrário.

A diferença deve-se à intensa seleção por variedades de porcos domésticos com mais carne levada a cabo pelos criadores.

A boca é provida de enormes caninos que se projetam para fora e crescem continuamente.

Os caninos superiores são curvados para cima, enquanto os inferiores, maiores ainda, chegam a ter 20 cm de comprimento.

Os caninos são usados como armas em lutas entre machos e contra inimigos.

Ao contrário de certas raças de porcos domésticos, os javalis são cobertos de pelagem.

Os pelos são rijos e nos adultos variam de cor entre o cinza-escuro e o acastanhado.

Os filhotes apresentam cor de terra clara com listras negras, o que lhes dá uma camuflagem muito eficiente.

A pelagem dos filhotes escurece com a idade.





 Habitat

  Os javalis preferem bosques com bastante vegetação onde possam esconder-se, mas também frequentam à noite áreas abertas, assim como áreas cultivadas.

 Em sua ampla área de distribuição, ocupam bosques temperados até florestas tropicais.

Não ocorrem em desertos nem em alta montanha.

Hábitos alimentares

  O javali passa grande parte do dia fossando a terra em busca de comida.

 É um animal omnívoro, com preferência por matéria vegetal como raízes, frutos, bolotas, castanhas e sementes.

Também invadem terras cultivadas, especialmente campos de batata e milho.

Os javalis também incluem animais em sua dieta, como caracóis, minhocas, insetos, ovos de aves e até pequenos mamíferos. Também consomem animais mortos.

Podemos encontrar javalis na beira dos ribeiros e lagos escondidos nos bosques a beber.



Comportamento

  O javali é de comportamento sociável, mas não é territorialista, ou seja, não marca territórios.

Reúne-se em grupos matriarcais, normalmente com três a cinco animais, formados pelas fêmeas e suas crias, embora possam ser encontrados grupos superiores a vinte indivíduos.

A javalina (ou gironda - a fêmea do javali, quando já madura) dominante é a de maior idade e tamanho e sempre fica um pouco mais afastada do grupo como uma Guarda, que normalmente dá sua vida para que o restante fuja.

Os jovens machos de um ano, chamados "barrascos", vivem na periferia do grupo.

Exceptuando-se o período de cio, os machos em idade reprodutora (barrões, varrões) são bem mais solitários, mas podem ser vistos acompanhados por um ou mais machos jovens, conhecidos por "escudeiros".

O grunhido do javali chama-se "arruar".


Nome binomial

 Sus scrofa, conhecido popularmente como javali (do árabe djabali, significando porco montanhês), javardo, porco-bravo e porco-montês (as fêmeas são conhecidas como javalina e gironda).

 É um mamífero artiodáctilo, da família Suidae, de médio porte e corpo robusto.

 É a mais conhecida e a principal das espécies de porcos selvagens.

Tem ampla distribuição geográfica, sendo nativo da Europa.

Evoluiu o actual porco doméstico (Sus domesticus ou Sus scrofa domesticus).

Características físicas

Os javalis são animais de grandes dimensões, podendo os machos pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg.

Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma altura no garrote de 100 cm.

Os machos são consideravelmente maiores que as fêmeas, além de terem dentes caninos maiores.

O corpo do javali é robusto e estreito, com patas relativamente curtas.

Tem uma cabeça grande, triangular, com olhos pequenos, mas quando é criado junto aos porcos domésticos, para criar o híbrido javaporco, o crânio começa a mudar ficando mais assemelhado ao do porco doméstico.

Os quartos dianteiros do javali são mais robustos que os traseiros, enquanto que no porco doméstico ocorre o contrário.

A diferença deve-se à intensa seleção por variedades de porcos domésticos com mais carne levada a cabo pelos criadores.

A boca é provida de enormes caninos que se projetam para fora e crescem continuamente.

Os caninos superiores são curvados para cima, enquanto os inferiores, maiores ainda, chegam a ter 20 cm de comprimento.

Os caninos são usados como armas em lutas entre machos e contra inimigos.

Ao contrário de certas raças de porcos domésticos, os javalis são cobertos de pelagem.

Os pelos são rijos e nos adultos variam de cor entre o cinza-escuro e o acastanhado.

Os filhotes apresentam cor de terra clara com listras negras, o que lhes dá uma camuflagem muito eficiente.

A pelagem dos filhotes escurece com a idade.





 Habitat

  Os javalis preferem bosques com bastante vegetação onde possam esconder-se, mas também frequentam à noite áreas abertas, assim como áreas cultivadas.

 Em sua ampla área de distribuição, ocupam bosques temperados até florestas tropicais.

Não ocorrem em desertos nem em alta montanha.

Hábitos alimentares

  O javali passa grande parte do dia fossando a terra em busca de comida.

 É um animal omnívoro, com preferência por matéria vegetal como raízes, frutos, bolotas, castanhas e sementes.

Também invadem terras cultivadas, especialmente campos de batata e milho.

Os javalis também incluem animais em sua dieta, como caracóis, minhocas, insetos, ovos de aves e até pequenos mamíferos. Também consomem animais mortos.

Podemos encontrar javalis na beira dos ribeiros e lagos escondidos nos bosques a beber.



Comportamento

  O javali é de comportamento sociável, mas não é territorialista, ou seja, não marca territórios.

Reúne-se em grupos matriarcais, normalmente com três a cinco animais, formados pelas fêmeas e suas crias, embora possam ser encontrados grupos superiores a vinte indivíduos.

A javalina (ou gironda - a fêmea do javali, quando já madura) dominante é a de maior idade e tamanho e sempre fica um pouco mais afastada do grupo como uma Guarda, que normalmente dá sua vida para que o restante fuja.

Os jovens machos de um ano, chamados "barrascos", vivem na periferia do grupo.

Exceptuando-se o período de cio, os machos em idade reprodutora (barrões, varrões) são bem mais solitários, mas podem ser vistos acompanhados por um ou mais machos jovens, conhecidos por "escudeiros".

O grunhido do javali chama-se "arruar".

O javali, durante o dia, é normalmente sedentário e descansa em "manchas" (zonas de mato mais ou menos denso), onde faz seu "encame" (a "cama" do javali é constituída por pequenas depressões no terreno, feitas por eles próprios, sendo as destinadas a maternidade autênticos ninhos de vegetação construídos pelas marrãs - fêmeas parideiras).

Durante as noites, é bastante ativo, chegando a percorrer distâncias consideráveis, que podem variar de 2 a 14 km por noite, normalmente ao passo cruzado ou ao trote ligeiro, enquanto nas corridas pode praticar um rápido galope, que, no entanto, pode manter por curto período apenas.

Nos bosques, utiliza quase sempre os mesmos caminhos para suas andanças, variando com as estações e disponibilidade alimentar ou de refúgio, mas as fêmeas prenhes ou com crias tornam-se mais sedentárias.

Os banhos na lama têm várias funções para os javalis.

Uma função é regular a temperatura corporal, uma vez que os javalis não suam por terem glândulas sudoríparas atrofiadas.

De igual modo se considera que os banhos de lama têm importante papel nas relações sociais da espécie, inclusive na seleção sexual.

Enquanto no verão usam do banho na lama todos os javalis, sem distinção de sexo ou idade, durante a época do cio parecem reservados quase que exclusivamente aos machos adultos. Tem-se considerado que estes banhos podem ajudar a manter os odores corporais sob um substrato estável como aquele proporcionado por uma camada de barro aderida ao pêlo.

Na Europa, o tempo de reprodução vai de Novembro a Janeiro, quando os machos adultos solitários buscam fêmeas receptivas. Ao encontrar uma "vara" (grupo de animais de mesma ninhada), o macho começa por expulsar os jovens do ano anterior.

 Se necessário, luta contra seus rivais para conquistar as fêmeas, em geral duas ou três, podendo alcançar até mesmo oito.

 As lutas pelas fêmeas podem ser ferozes: muitas vezes, os machos terminam feridos pelos caninos dos rivais.

A gestação dura cerca de 110 dias, com os nascimentos ocorrendo entre Fevereiro e Abril.

As ninhadas têm entre 2 a 10 leitões, que após uma semana já podem acompanhar a mãe em suas andanças.

 O desmame acontece aos 3-4 meses de idade.

As crias com menos de 6 meses são amarelas, raiadas de castanho-escuro e designam-se por listados.

A partir dos 6 meses, a pelagem torna-se avermelhada e as crias tomam o nome de farropos. Progressivamente, a pelagem vai escurecendo até tomar uma tonalidade cinzenta escura, momento em que a cria passa a ser considerada um javali de vara.

A maturidade sexual é alcançada aos 8-10 meses, ainda que os machos jovens são impedidos de acasalar-se pelos machos mais velhos.

O tempo de vida médio é de cerca de 20 anos em cativeiro.

O javali é o único animal mamífero que, devidamente estimulado, ejacula depois de morto, sendo esta uma prática comum nas caçadas de besta.

Túmulo gótico (século XIV) de Pedro Afonso, conde de Barcelos, com cenas de caça ao javali na lateral.

Os caçadores usam lanças e cornetas, além de cães (Mosteiro de São João de Tarouca, Portugal).

Desde a Antiguidade Clássica à Idade Média, o javali foi sempre considerado como espécie cinegética de prestígio, especialmente os machos adultos, que eram vistos como o paradigma da coragem e bravura. Antes do advento das armas de fogo, o javali era caçado usualmente com um tipo de lança específico para o objectivo.

 A caça ao javali é ainda hoje em dia muito popular.

As referências culturais ao javali são abundantes desde pelo menos a Grécia Antiga. Um dos doze trabalhos de Hércules foi caçar o javali de Erimanto.

O javali foi também símbolo de legiões romanas como XX Valeria Victrix, I Italica e X Fretensis.

Foi também um animal comum na heráldica medieval europeia; por exemplo como símbolo pessoal do rei Ricardo III de Inglaterra e nos brasões de várias cidades.

Na cultura popular actual, é o prato preferido na irredutível aldeia gaulesa das historietas de Asterix e Obelix.