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sábado, 16 de junho de 2012

A Águia Imperial Ibérica


A Águia Imperial Ibérica possui uma constituição forte.






A sua pelagem é uniforme de uma cor castanho-avermelhada, com manchas irregulares de cor branca â altura dos ombros.




A plumagem dos adultos é castanha muito escura com certos tons avermelhados na parte superior das costas.




As penas da cabeça e do pescoço são muito claras, normalmente amareladas ou branco cremoso, apesar de à distância parecem completamente brancas, sobretudo as águias com muitos anos.



A sua parte fronteira é castanho-escura, por vezes quase preta.


Apesar dos detalhes mais notáveis na sua plumagem é sem dúvida o interior branco das suas asas e as manchas brancas dos ombros.



 As dimensões destas manchas são variáveis, dependendo da idade da águia.


A parte superior da cauda é cinzento-escura, normalmente quase branca ou castanha com uma franja preta.


A Águia Imperial Ibérica vive em zonas montanhosas, mas não a uma altitude muito elevada pois a espécie requer árvores de grande tamanho e de terrenos ricos para caçar.

 Em algumas ocasiões podemos encontrar exemplares vivendo em zonas baixas como em prados, com árvores pouco frondosas.

 Já vimos que o seu habitat está condicionado pela abundância de presas.

A população da Águia Imperial Ibérica é sedentária, fazendo viagens curtas, ao contrário da Águia Imperial Oriental que é parcialmente migratória e faz uma longa viagem até ao norte da África Tropical no princípio de Outono.

 Não existem muitos dados da sua habilidade para caçar presas em pleno voo, mas podemos afirmar que possui uma excelente destreza para caçar pássaros de médio e pequeno tamanho quando estão no chão.

O seu terreno favorito é os espaços livres sem arbustos, para uma melhor visão.

O voo de caça faz-se em altitude média e quando a águia repara na sua presa, lança-se em voo picado, mas com algumas paragens antes de abater a sua presa.

A Águia Imperial Ibérica tem um regime alimentar bastante variado.
A sua dieta consiste principalmente de mamíferos de tamanho médio, como lebres e coelhos do monte, mas também se alimenta e pássaros de tamanho médio, como perdizes ou codornizes, e de répteis (quase exclusivamente lagartos).
Também consome cadáveres mais de animais domésticos frescos.
 Ataques a jovens cabritos ou cordeiros são improváveis mas consomem os seus cadáveres se estiverem abandonados no terreno.
 
A águia-imperial-ibérica (Aquila adalberti) é uma espécie de águia endémica do sudoeste da Península Ibérica e norte de Marrocos.
 Até pouco tempo era considerada uma subespécie da águia-imperial-oriental (Aquila heliaca), porém os estudos do ADN de ambas as aves demonstraram que estavam suficientemente separados para cada uma constituir uma espécie válida.
A águia-imperial-ibérica encontra-se actualmente em perigo de extinção.

Descrição
A sua plumagem é parda muito escura em todo o corpo, excepto nos ombros e parte superior das asas, de cor branca.
 A nuca é ligeiramente mais pálida que as outras partes do corpo, e a cauda mais escura, sem faixas claras ou linhas brancas como na águia-imperial-oriental.
 No caso dos indivíduos subadultos, estes são pardos avermelhados, sem diferenças de coloração, e não desenvolvem a plumagem dos indivíduos até aos 5 anos de idade, ao mesmo tempo que atingem a maturidade sexual.
O tamanho médio dos adultos é de 80 cm de altura e 2,8 kg, se bem que as fêmeas, maiores que os machos, possam chegar aos 3,5 kg. A envergadura varia entre os 1,9 e 2,2 m.
Habita em áreas de sobreiros e azinheiras esparsos, com pradarias próximas. A base da sua alimentação é constituída por coelhos, que caçam solitárias ou em parelha.
Também depreda sobre lebres, pombos, corvos e outras aves, e em menor escala raposas e pequenos roedores, podendo alimentar-se ocasionalmente de carne de cadáveres.

As capturas são consideravelmente menores que as da águia-real, dado que as garras da imperial não são tão fortes como as da real.

Ao contrário da águia-imperial da Eurásia e África oriental, a espécie ibérica não emigra.

Cada casal defende a sua zona de caça e reprodução (uns 2000 hectares) durante todo o ano.


Reprodução


A águia-imperial-ibérica é monogâmica.

A época de acasalamento tem lugar de Março a Julho, durante a qual as águias restauram um dos ninhos que têm usado durante anos, rodando de um para outro.

Estes ninhos estão situados na copa de árvores como sobreiros e pinheiros.

Nas zonas de reflorestação habituaram-se a nidificar sobre eucaliptos, apesar de ser esta una espécie alóctone.

Nidificam tanto em ramos altos como baixos.

A postura típica consta de quatro a cinco ovos de 130 gramas de peso que são incubados durante 43 dias. É normal desenvolverem-se até três crias, ainda que esta tendência tenha diminuído ao longo dos últimos anos devido ao uso de pesticidas, que aumentam o número de ovos estéreis.

 Se o ano é mau e há pouca comida, a cria maior monopoliza-a e é a única que sobrevive; não obstante, pode-se dizer que a águia-imperial-ibérica não pratica o cainismo.

Quando necessitam de ir em busca de comida, os progenitores cobrem os ovos ou crias com folhas e ramos para evitar que sejam descobertos pelos predadores, algo que por vezes não é suficiente, resultando que algumas crias sejam capturadas por uma águia-real ou, no caso de ninhos baixos, por uma raposa ou outro carnívoro de tamanho médio.

 As crias abandonam os ninhos entre os 65 e os 78 dias, mas continuam a viver nas imediações e a ser alimentados pelos progenitores durante quatro meses.

 Após este tempo, tornam-se independentes e iniciam uma vida nómada.

 Quando alcançam a maturidade sexual visitam frequentemente os limites dos territórios de casais sedentários em busca de algum indivíduo de sexo oposto solteiro ou viúvo.

 Os jovens nómadas são frequentemente atacados pelos casais adultos em cujos territórios entram.

 É um animal Ovíparo.

Estado de conservação

 Ainda no início do século XX, a águia-imperial-ibérica era um animal muito abundante em grande parte da sua zona de distribuição, no entanto nas últimas décadas o seu número foi drasticamente reduzido.

 Actualmente apenas existe notícia em Portugal de avistamentos ocasionais de nómadas, e a população de Marrocos poderá estar reduzida a um único casal reprodutor e algumas das suas crias.

Em Espanha habitam actualmente (2007) cerca de 240 casais é um número indeterminado de jovens nómadas, principalmente nos parques nacionais de Cabañeros e no Parque Natural de Doñana.

Desde 1991 observa-se uma notável desproporção de sexos na espécie, sendo 70% das crias nascidas do sexo masculino.

Em 2005, o CSIC (Conselho Superior de Investigação Científica de Espanha) pôs em prática um plano para tentar aumentar o número de fêmeas.

As causas da diminuição populacional da águia-imperial-ibérica são várias.

Em meados do século XX, as águias eram mortas pelos criadores de gado tal como muitas outras rapaces, apesar de nunca se terem observado ataques de esta espécie contra rebanhos (apenas alguns ocasionais contra patos domésticos).

As primeiras medidas de protecção forma implementadas em meados dos anos 1960 em resultado, em grande parte, do trabalho efectuado por Félix Rodríguez de la Fuente.

Apesar disso, o desenvolvimento da rede eléctrica na península (e com aquela, o aumento das mortes de jovens que chocam com os cabos de alta tensão), o uso de pesticidas e a propagação da mixomatose
e outras epidemias que afectam os coelhos, o seu principal alimento, colocou a espécie no limiar da extinção.

 Ainda que continue em perigo, a atenção do governo espanhol conseguiu que a população desta águia duplicasse desde os inícios dos anos 1990.

A víbora-cornuda


Nome Científico: Vipera latastei
 
Biometria: Comprimento: max. 70 cm

Estatuto: Espécie vulnerável
 
 
 
 
 
Distribuição: Em Portugal está presente um pouco por todo o território, em núcleos populacionais fragmentados.


Inconfundível pelo apêndice proeminente que ostenta na extremidade do focinho e que está inclusivamente na origem do nome que lhe atribuem, a víbora cornuda é um dos animais de que iremos falar, já que está em vias de extinção e encontra-se na maior parte da Península Ibérica, excepto no extremo noroeste, e também no norte de África.
Esta espécie, que em Portugal pode ser encontrada em várias zonas, habita de preferência nas zonas montanhosas. Consta da Serra de Montemuro, com lugar de destaque entre os répteis que aqui se podem encontrar. A sua dieta é variada, constituída por pequenos mamíferos e répteis, anfíbios, podendo mesmo alimentar-se de aves e insectos.
Contudo, esta espécie encontra-se em declínio devido à acção humana, pela perturbação cada vez mais acentuada do seu habitat, por incêndios florestais e por morte deliberada, quer para comércio e coleccionismo quer por lhe estar associada uma imagem maléfica
É um animal difícil de encontrar, a não ser por mero acaso, pelo que, quando isso acontece, o registo visual é muito próximo, o que torna a situação pouco agradável. Não pelo seu tamanho, que é de cerca de 80 cm, mas sobretudo por ser venenosa.
São predadas por rapinas, javalis, sacarrabos, ginetas, ouriços cacheiros e por outras cobras. Como mecanismo de defesa usa a fuga, embora quando ameaçada sopre e tente morder.
É uma espécie diurna, embora nos dias mais quentes passe a ser crepuscular ou mesmo nocturna.

Reprodução: Primavera. É uma espécie ovovivípara em que a fêmea origina 5-8 crias no
final do verão.
Em Portugal, existe ainda a ideia que não existem cobras venenosas no país. Nada mais errado, o que não existe são cobras com venenos muito tóxicos, o que é significativamente diferente.
Importante mesmo é que esta espécie faz parte da fauna portuguesa e a sua existência é muito importante no combate aos pequenos roedores...



segunda-feira, 4 de junho de 2012

Açor







Esta rapina surpreende pela agilidade do seu voo poderoso por entre as árvores de um bosque.

Identificação
Ave de rapina de hábitos discretos, é bastante semelhante na forma e padrão da plumagem ao gavião,
possuindo também barras horizontais no peito e abdómen, e um tom acinzentado no dorso.



Distingue-se sobretudo pelas maiores dimensões, asas mais robustas, cauda proporcionalmente mais comprida e cabeça projectada.

Os imaturos têm riscas verticais em vez de barras horizontais. O açor tanto pode ser encontrado a voar por entre a ramagem das árvores de bosques densos, como planando acima das mesmas em correntes térmicas ascendentes.



Abundância e calendário


O açor é uma espécie pouco comum, dependente de zonas florestadas.

Sendo residente, ocorre durante todo o ano, podendo mais facilmente ser observado no início da Primavera durante as paradas nupciais.

É mais frequente a norte e junto ao litoral que no sul.




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Observar


Entre Douro e Minho – pode ser observado na serra do Gerês, em zonas de mais densa florestação.






Trás-os-Montes – os melhores locais de observação desta espécie encontram-se na serra de Montesinho.





  Beira Litoral – presente nos pinhais de Mira, embora em baixas densidade.





Lisboa e Vale do Tejo – ocorre na serra de Montejunto. Pode também ser observado na serra de Sintra,









   Alentejo – bastante raro, ocorre como reprodutor na zona de Barrancos.





Algarve – os melhores locais de observação são a serra do Caldeirão e o Cabo de São Vicente.
observado durante a passagem migratória outonal.