Bosque de carvalhos-negral, Quercus pirenaica
O carvalho-negral (Quercus pyrenaica), entre
todos os carvalhos, é o mais resistente à seca e aos climas de matiz
continental.
As suas florestas, de caráter subatlântico,
representam, muitas vezes, a mudança entre o Mediterrâneo e o Atlântico.
A sua área peninsular é muito vasta e tem uma grande
importância, sobretudo nas montanhas do centro.
Desde o interior da Galiza e a vertente sul da Cordilheira
Cantábrica, vão estendendo-se pelo Sistema Central, alcançando o sul, já muito
escassos na Sierra Nevada e em Cádiz.
Podendo se estender cerca de 700-800 metros até os
1500-1600 metros de altitude.
Preferem os solos ricos em silício e substituem, em
altitude, os azinhais úmidos e sobreirais; no patamar superior dão início a
pinheirais de pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris).
Nas zonas onde é mais patente a característica
Atlântica vêm seguidos, como fase regressiva pela urze-vermelha (Erica
australis), no mais, são frequentes em suas clareiras e trechos degradados,
(Cistus sp). e lavandas. Sua área natural pode estar ocupada por pinheirais
de pinheiro-silvestre e pinheiro-marítimo.