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sábado, 16 de junho de 2012

A víbora-cornuda


Nome Científico: Vipera latastei
 
Biometria: Comprimento: max. 70 cm

Estatuto: Espécie vulnerável
 
 
 
 
 
Distribuição: Em Portugal está presente um pouco por todo o território, em núcleos populacionais fragmentados.


Inconfundível pelo apêndice proeminente que ostenta na extremidade do focinho e que está inclusivamente na origem do nome que lhe atribuem, a víbora cornuda é um dos animais de que iremos falar, já que está em vias de extinção e encontra-se na maior parte da Península Ibérica, excepto no extremo noroeste, e também no norte de África.
Esta espécie, que em Portugal pode ser encontrada em várias zonas, habita de preferência nas zonas montanhosas. Consta da Serra de Montemuro, com lugar de destaque entre os répteis que aqui se podem encontrar. A sua dieta é variada, constituída por pequenos mamíferos e répteis, anfíbios, podendo mesmo alimentar-se de aves e insectos.
Contudo, esta espécie encontra-se em declínio devido à acção humana, pela perturbação cada vez mais acentuada do seu habitat, por incêndios florestais e por morte deliberada, quer para comércio e coleccionismo quer por lhe estar associada uma imagem maléfica
É um animal difícil de encontrar, a não ser por mero acaso, pelo que, quando isso acontece, o registo visual é muito próximo, o que torna a situação pouco agradável. Não pelo seu tamanho, que é de cerca de 80 cm, mas sobretudo por ser venenosa.
São predadas por rapinas, javalis, sacarrabos, ginetas, ouriços cacheiros e por outras cobras. Como mecanismo de defesa usa a fuga, embora quando ameaçada sopre e tente morder.
É uma espécie diurna, embora nos dias mais quentes passe a ser crepuscular ou mesmo nocturna.

Reprodução: Primavera. É uma espécie ovovivípara em que a fêmea origina 5-8 crias no
final do verão.
Em Portugal, existe ainda a ideia que não existem cobras venenosas no país. Nada mais errado, o que não existe são cobras com venenos muito tóxicos, o que é significativamente diferente.
Importante mesmo é que esta espécie faz parte da fauna portuguesa e a sua existência é muito importante no combate aos pequenos roedores...