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sexta-feira, 27 de abril de 2012

quinta-feira, 26 de abril de 2012

MORCEGOS EM PORTUGAL RTP(C)






UMA REPORTAGEM DE LUIS HENRIQUE PEREIRA (RTP) FEITA EM FEVEREIRO DE 2011 PARA O "JORNAL DA TARDE" E PARA OUTROS ESPAÇOS INFORMATIVOS DA RTP, E RTPN, ASSIM COMO PARA A RUBRICA "VIDA ANIMAL" (SÁBADOS DE MANHÃ NA RTP1, ENTRE AS 10.30 E AS 11H.
CONTA COM OS DEPOIMENTOS DO DR. HUGO REBELO DA UNIVERSIDADE DO PORTO/CIBIO, DOUTORADO EM INGLATERRA E QUE HÁ MUITO DEDICA ATENÇÃO ESPECIAL AO ESTUDO DA BIOLOGIA GENÉTICA E COMPORTAMENTO DAS DIFERENTES ESPÉCIES DE MORCEGOS.
A IMAGEM E DIRECÇÃO DE FOTOGRAFIA É DE MARCOS PRATA. A EDIÇÃO DE IMAGEM DE SÉRGIO TOMÁS.
ESPERO QUE GOSTEM DESTA NOSSA AVENTURA QUE DECORREU NAS ANTIGAS MINAS DE FERRO EM TORRE DE MONCORVO, DESACTIVADAS EM 1980.

Lobo ibérico decomentário

Bufo-real video

Bufo-real





Bufo-real
Bubo bubo



A maior das aves de rapinas noturnas portuguesas, o bufo-real é uma das Espécies mais cobiçadas pelos
Observadores de aves, mas nem sempre é Fácil de encontrar.


Identificação
Enorme, com os seus 60 cm de tamanho O bufo-real é inconfundível.

 Possui dois penachos sobre a cabeça, que fazem Lembrar duas "orelhas".

Os olhos, muito Grandes, são cor-de-laranja.


O seu canto "Uhu" pode ser ouvido a vários Quilómetros de distância.



Abundância e calendário
Tal como a maioria das outras rapinas noturnas, o bufo-real raramente aparece de dia, o que torna a sua observação bastante difícil e pode dar a ideia de se tratar de uma espécie muito rara.

Contudo,
esta espécie não é especialmente rara e pode mesmo ser encontrada com regularidade em certas zonas no interior.


No entanto, devido aos seus hábitos noturnos é mais facilmente ouvida que
vista.

A sua actividade vocal é mais intensa nos meses de Inverno (particularmente de
Novembro a Fevereiro).

lince ibérico video

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Milhafre preto

Milhafre preto

Milvus migrans


Identificação

O milhafre-preto é uma ave de rapina de grandes dimensões - pode atingir os 60 cm - possuidor de umas grandes asas e uma longa cauda, que termina com uma pequena bifurcação. É facilmente reconhecível seu bico em gancho e pela tonalidade das suas penas, onde predomina a cor castanho acizentada. Alimenta-se de carne morta (e também de peixe quando frequenta a desembocadura dos rios). Nidifica nas árvores, utilizando ramos e desperdícios para fazer o ninho. Reproduz-se entre Fevereiro e Maio, pondo apenas 2 ou 3 ovos, cor creme com manchas castanhas, incubados pela fêmea durante 25/28 dias.

Distribuição

Prefere zonas temperadas e mediterrâneas mas marginalmente pode ocorrer na zona boreal e de estepe, e em ilhas oceânicas em concentrações dispersas sugerindo reincidência (Cramp & Simmons 1980).

Espécie cuja área de distribuição se encontra actualmente confinada ao Paleárctico Ocidental. Na Europa compreende a Alemanha, Áustria, Bélgica, Bielorússia, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, França, Holanda, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Moldávia, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Rússia, Suécia, Suíça e Ucrânia (Snow & Perrins 1998, BirdLife International/European Bird Census Council 2000).

As populações da Europa Setentrional e Central são essencialmente migradoras, invernando ao longo da bacia mediterrânica, enquanto as populações meridionais são residentes ou dispersivas (Cramp & Simmons 1980). A invernada da espécie na Península Ibérica pode considerar-se relativamente importante. Segundo diversos autores (De Juana et al. 1988, Snow & Perrins 1998, Costa 1998, Viñuela et al. 1999), a maior parte dos milhafres-reais que invernam na Península serão originários da Europa Central, particularmente da Alemanha.


Em Portugal é pouco abundante e a sua população nidificante distribui-se ao longo da faixa fronteiriça oriental, distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja. A Plano Sectorial da Rede Natura 2000 Fauna, aves população invernante ocorre nessas mesmas áreas mas também de uma forma dispersa por todo o sul do país.

Ecologia

O Milhano-real está associado a zonas de relevo suave (planaltos, planícies, baixa montanha) com vocação/utilização agro-silvo-pastoril. Em Portugal essa paisagem corresponde essencialmente a áreas de aproveitamento cerealífero com criação de ovinos e bovinos em regime extensivo e presença de maciços arbóreos dispersos, de espécies do género Quercus, Fraxinus e Pinus.

Trata-se de uma ave de rapina florestal, que nidifica em árvores, geralmente de grande porte, integradas em pequenos maciços ou mesmo isoladas, como bosques ribeirnhos, lameiros, pinhais, montados de sobro e azinho.

O método de prospecção de alimento baseado em voos de baixa altitude permite-lhe obter alimento em terrenos abertos, como campos agrícolas e pastagens permanentes, mas também nas imediações de explorações agro-pecuárias, povoações, estradas e lixeiras.

Durante a nidificação, o macho dorme de noite nas imediações do ninho, como a fêmea após as crias deixarem o ninho. Por vezes dormem em ninhos de rapinas durante o Inverno (Cramp & Simmons 1980). Os grupos de indivíduos não reprodutores ou durante o Inverno forma por vezes bandos em dormitórios localizados em árvores.

Alimentação

A dieta reflecte a sua aptidão simultaneamente como predador e como necrófago, dividindo-se entre os animais silvestres de pequeno porte (micromamíferos, aves, peixes e invertebrados), os cadáveres de animais (principalmente domésticos e silvestres vítimas de doença ou atropelamento) e os restos e desperdícios urbanos.

Reprodução

Espécie monogâmica. Provavelmente o casal mantém-se constituído durante todo o Inverno. Cada casal ocupa em geral um território mas em zonas de elevada disponibilidade trófica pode formar colónias desagregadas. Os ninhos são feitos em bifurcações nas árvores, a 7-15m acima do solo, usualmente a 1km de distância uns dos outros. Ocupa ninhos de outras aves de rapina florestais e também reutiliza ninhos de anos anteriores (Cramp & Simmons 1980, Fernandes et. al. Plano Sectorial da Rede Natura 2000 Fauna, aves 2002).


O processo nidificante inicia-se em Março com a ocupação de um ninho, entre vários alternativos, ocorrendo a postura durante Abril (1-3 ovos). A incubação dura 31 a 32 dias e a criação dos juvenis no ninho aproximadamente 50 dias. Ambos os progenitores cuidam das crias. Crias nidícolas (Cramp & Simmons 1980). Os juvenis (em geral 2) dependem dos progenitores durante as primeiras semanas após saída do ninho. O processo de nidificação está mal conhecido no nosso país, sabendo-se que na região de Trás-os-Montes se inicia em meados de Abril e finaliza em princípios de Julho.

Factores de Ameaça

O abate a tiro por caçadores/proprietários de explorações agro-pecuárias. O abate directo através do uso de armas de caça constitui, com base nos dados recolhidos no nosso país, a principal causa de mortalidade da espécie, afectando tanto a população sedentária como a invernante.

O uso de veneno. Os hábitos necrófagos desta ave e a capacidade detecção de pequenos cadáveres ou dos seus restos, fazem com que seja bastante vulnerável ao uso de veneno nas campanhas ilegais para controlo de predadores.

A electrocussão em linhas eléctricas de média tensão (15 KV e 30 KV). O Milhano-real deverá ser uma das aves de rapina mais afectadas por esta ameaça, uma vez que as zonas de prospecção alimentar correspondem a áreas rurais onde a rede de distribuição de energia eléctrica está bem representada e constitui uma estrutura atractiva como poiso de caça e dormitório.

A ingestão de pequenos animais vítimas de pesticidas, nomeadamente os raticidas utilizados no combate a pragas agrícolas de Microtus sp. e também no controlo de Rattus sp. nas lixeiras, tem provocado mortalidade nesta espécie em diversos pontos da sua área de distribuição.

A redução da disponibilidade alimentar devido ao cumprimento das exigências higieno-sanitárias, nomeadamente a obrigação de enterrar os cadáveres dos animais de criação e também devido ao encerramento/selagem de lixeiras a céu aberto onde as aves buscavam alimento.

O corte de maciços florestais ou de árvores isoladas de grande porte (lameiros, carvalhais, azinhais, pinhais) para produção de madeira e lenha.


O abandono da agricultura tradicional e consequente perda do mosaico agro-florestal.

A instalação de parques eólicos em corredores importantes para a migração e dispersão de aves pode constituir uma importante factor de mortalidade da espécie através da colisão nas pás dos aerogeradores. A instalação de parques eólicos nas proximidades dos locais de nidificação da espécie está considerada como uma ameaça importante devido à perturbação provocada quer durante a fase de construção (ao nível da abertura de acessos e colocação de infraestruturas), quer durante a fase de exploração, dada a possibilidade de aumento da presença humana associada à abertura de acessos.

Essas unidades de produção de energia eléctrica, dependendo da tipologia e localização dos aerogeradores podem ainda, durante a fase de exploração, constituir uma causa de mortalidade desta espécie devido à colisão nas pás dos aerogeradores. Em especial, se estes forem instalados nas zonas importantes em termos de nidificação e dispersão de juvenis, ou ainda nas zonas de alimentação situadas nas cumeadas das serras. Os traçados eléctricos que estão associados aos parques eólicos constituem outro problema importante devido aos subsequentes riscos de colisão e electrocussão.

A competição com outras rapinas florestais.

Matas, florestas ripícolas e de fundos de vale





Galeria ripícola, Rio Tajuña


Nesta região, observa-se florestas decíduas favorecidas pela humidade do solo, que se mantém assim quase todo o ano. Isto permite-lhes evitar o longo período de seca estival, que caracteriza o clima mediterrâneo.

Neles acontece um mosaico característico, desde a margem do leito fluvial ao limite exterior dos bosques.

As florestas mais dependentes da água situam- se na margem (amieiros, salgueiros) e os mais independentes no exterior (freixos, ulmeiros, choupos).

Estas florestas são formadas por salgueiros, choupos, amieiros, ulmeiros e, por vezes, por carvalhos-negrais, tílias, abetos e aveleiras. Quando a presença da humidade começa a diminuir nas zonas mais áridas do Vale do Ebro, a metade sul da Península vem, frequentemente, acompanhada por um aumento de sais no solo; nestas condições encontra-se formações arbustivas de tamargueira, loendros e juncos (Saccharum ravenae).

Nos terrenos baixos do interior, sobretudo nos argilosos, são mais frequentes os ulmeiros (Ulmus minor) e choupos, acompanhados, em certas ocasiões, por freixos e salgueiros.

Nos fundos de vales graníticos e nas ribeiras de terrenos silícios, existem formações muito típicas de freixo com carvalhos-negrais, especialmente ao pé das serras interiores. Os desfiladeiros protegidos das Serras de Cuenca possuem florestas ribeirinhas de formação mista de tílias e aveleiras, com freixos, salgueiros e olmo-montano (Ulmus glabra).

Estas florestas sofrem de problemas de conservação, pois frequentemente ocupam terrenos muito férteis, sujeitos desde os primórdios da humanidade a fortes pressões humanas, principalmente de cariz agrícola e para acesso à água.

Carvalhos-negral






Bosque de carvalhos-negral, Quercus pirenaica


O carvalho-negral (Quercus pyrenaica), entre todos os carvalhos, é o mais resistente à seca e aos climas de matiz continental.

As suas florestas, de caráter subatlântico, representam, muitas vezes, a mudança entre o Mediterrâneo e o Atlântico.

A sua área peninsular é muito vasta e tem uma grande importância, sobretudo nas montanhas do centro.

Desde o interior da Galiza e a vertente sul da Cordilheira Cantábrica, vão estendendo-se pelo Sistema Central, alcançando o sul, já muito escassos na Sierra Nevada e em Cádiz.

Podendo se estender cerca de 700-800 metros até os 1500-1600 metros de altitude.

Preferem os solos ricos em silício e substituem, em altitude, os azinhais úmidos e sobreirais; no patamar superior dão início a pinheirais de pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris).

Nas zonas onde é mais patente a característica Atlântica vêm seguidos, como fase regressiva pela urze-vermelha (Erica australis), no mais, são frequentes em suas clareiras e trechos degradados, (Cistus sp). e lavandas. Sua área natural pode estar ocupada por pinheirais de pinheiro-silvestre e pinheiro-marítimo.

Abetos




O Abeto-branco (Abies alba) se situa nas ladeiras frescas e com solo profundo dos Pireneus, desde Navarra a Montseny, formando abetais puros ou, com mais frequência, florestas mistas com a faia.

 As massas mais importantes estão em Lérida, com cerca de 17.000 habitantes.

Em altitude se estende desde os 700 até os 1.700 metros, mas as suas principais massas localizam-se nos vales mais úmidos e escuros.

São bosques muito escuros, com solos muito ácidos, devido à decomposição acicular.

Em altitude é substituído com certa freqüência pelo Pinho-negro (Pinus mugo).

Nestes abetais encontram-se, às vezes o Plátano bastardo (Acer pseudoplatanus) e seu habitat é muito similar ao das faias. Como estes, têm um claro significado Euro siberiano.


Bétulas




As bétulas, formam pequenas florestas encravadas ao pé das encostas rochosas ou nas clareiras deixadas pelas faias, sobre os solos mais pobres e acidificados, acompanhados pela sorveira. Outras vezes ocupam uma área própria, por cima do domínio da faia, na zona montanhosa rica em silício; esta terra pode ser de pouca extensão e, geralmente, de pouco destaque quando associado com o carvalho-branco.

Carvalhos







As florestas de carvalho, sobretudo de carvalho-vermelho (Quercus robur), são as mais vistas da zona atlântica. Representam a formação florestal típica da base das montanhas até cerca de 600 m de altitude.

Conforme se eleva a altitude, são substituídos por faias e, nos fundos dos vales, por freixo e aveleiras.

Dos dois carvalhos principais, o branco (Quercus petraea), é o que mais penetra até o interior e o que mais facilmente encontrado em maiores altitudes, mas desempenhando um papel secundário; em geral, quando o clima começa a deixar notar seu caráter continental, estes carvalhais são substituídos pelos carvalhos-negrais.

As áreas de carvalho são as mais ameaçadas, por ser o seu solo, o mais adequado para prados e cultivos. Castanheiras e bétulas são frequentemente associadas aos carvalhos. Estas florestas, ao serem degradadas, são substituídas por espinhais, piornos e, em último caso, por callunas e tojos. Ao carvalho corresponderia, em origem, grande parte da área, ocupada atualmente por pinheirais e também eucaliptais.

Faias













 


  São as típicas florestas atlânticas que caracterizam o solo montanhoso da região Euro siberiana ibérica. Situa-se entre os 800 e 1500 metros de altitude, em solos frescos e razoavelmente férteis.
  A faia é uma árvore que projeta uma grande sombra, de forma que em suas formações densas ficam excluídas, na maioria dos casos, outras espécies lenhosas, e inclusive herbáceas.

  Apesar de seu caráter atlântico, estas florestas penetram até o centro da península, chegando ao Moncayo (os faiais mais meridionais da península), ao Parque Natural Tejera Negra, na Serra de Ayllón; e Montejo da Serra, este último na província de Madrid.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Cegonha negra







NOME DA ESPÉCIE:


  • Comum:

Cegonha negra.


  • Científico:

Ciconia nigra.


CARACTERÍSTICAS DA ESPÉCIE:


  • Plumagem branca no ventre e negra no dorso, cauda, cabeça e pescoço.
  • Bico e patas de cor vermelha viva.
  • Alimenta-se de insectos de grandes dimensões, crustáceos, anfíbios e pequenos peixes.


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:


  • Regiões interiores, perto dos troços internacionais dos rios Douro, Tejo e Guadiana.


CAUSAS DA EXTINÇÃO:


  • A destruição dos bosques, pântanos, ribeiros e lagos, bem como a poluição por pesticidas, coloca esta espécie em risco de extinção na Europa Ocidental, particularmente em Portugal.

Águia - imperial







NOME DA ESPÉCIE:
· Comum:
Águia-imperial.
· Científico:
Aquila adalberti.
Só existe na Península Ibérica.


CARACTERÍSTICAS DA ESPÉCIE:
· Rapina de grande porte, com 1,75 a 1,85 m de envergadura de asas.
· Bico robusto e amarelo.
· Plumagem castanha muito escura com o bordo das asas, a nuca e os ombros brancos brancos.
· Alimenta-se de coelhos, alguns pequenos mamíferos e aves de médio porte.


DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA:
  • Muito rara. A nível mundial só existe no sudoeste da Península Ibérica.
CAUSAS DA EXTINÇÃO:
  • A destruição dos seus habitats deve-se, por exemplo, à substituição dos bosques por pinheiros e eucaliptos, o que faz com já só haja menos de meia dezena de águias imperiais entre nós.