Nome binomial
Sus scrofa, conhecido
popularmente como javali (do árabe djabali, significando porco montanhês),
javardo, porco-bravo e porco-montês (as fêmeas são conhecidas como javalina e
gironda).
É um mamífero
artiodáctilo, da família Suidae, de médio porte e corpo robusto.
É a mais conhecida e
a principal das espécies de porcos selvagens.
Tem ampla distribuição geográfica, sendo nativo da Europa.
Evoluiu o actual porco doméstico (Sus domesticus ou Sus
scrofa domesticus).
Características
físicas
Os javalis são animais de grandes dimensões, podendo os
machos pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg.
Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma
altura no garrote de 100 cm.
Os machos são consideravelmente maiores que as fêmeas, além
de terem dentes caninos maiores.
O corpo do javali é robusto e estreito, com patas
relativamente curtas.
Tem uma cabeça grande, triangular, com olhos pequenos, mas
quando é criado junto aos porcos domésticos, para criar o híbrido javaporco, o
crânio começa a mudar ficando mais assemelhado ao do porco doméstico.
Os quartos dianteiros do javali são mais robustos que os
traseiros, enquanto que no porco doméstico ocorre o contrário.
A diferença deve-se à intensa seleção por variedades de
porcos domésticos com mais carne levada a cabo pelos criadores.
A boca é provida de enormes caninos que se projetam para
fora e crescem continuamente.
Os caninos superiores são curvados para cima, enquanto os
inferiores, maiores ainda, chegam a ter 20 cm de comprimento.
Os caninos são usados como armas em lutas entre machos e
contra inimigos.
Ao contrário de certas raças de porcos domésticos, os
javalis são cobertos de pelagem.
Os pelos são rijos e nos adultos variam de cor entre o
cinza-escuro e o acastanhado.
Os filhotes apresentam cor de terra clara com listras
negras, o que lhes dá uma camuflagem muito eficiente.
A pelagem dos filhotes escurece com a idade.
Habitat
Os javalis preferem
bosques com bastante vegetação onde possam esconder-se, mas também frequentam à
noite áreas abertas, assim como áreas cultivadas.
Em sua ampla área de
distribuição, ocupam bosques temperados até florestas tropicais.
Não ocorrem em desertos nem em alta montanha.
Hábitos alimentares
O javali passa grande parte do dia
fossando a terra em busca de comida.
É um animal omnívoro,
com preferência por matéria vegetal como raízes, frutos, bolotas, castanhas e
sementes.
Também invadem terras cultivadas, especialmente campos de
batata e milho.
Os javalis também incluem animais em sua dieta, como
caracóis, minhocas, insetos, ovos de aves e até pequenos mamíferos. Também
consomem animais mortos.
Podemos encontrar javalis na beira dos ribeiros e lagos
escondidos nos bosques a beber.
Comportamento
O javali é de comportamento sociável, mas
não é territorialista, ou seja, não marca territórios.
Reúne-se em grupos matriarcais, normalmente com três a cinco
animais, formados pelas fêmeas e suas crias, embora possam ser encontrados
grupos superiores a vinte indivíduos.
A javalina (ou gironda - a fêmea do javali, quando já
madura) dominante é a de maior idade e tamanho e sempre fica um pouco mais
afastada do grupo como uma Guarda, que normalmente dá sua vida para que o
restante fuja.
Os jovens machos de um ano, chamados "barrascos",
vivem na periferia do grupo.
Exceptuando-se o período de cio, os machos em idade
reprodutora (barrões, varrões) são bem mais solitários, mas podem ser vistos
acompanhados por um ou mais machos jovens, conhecidos por
"escudeiros".
O grunhido do javali chama-se "arruar".
Nome binomial
Sus scrofa, conhecido
popularmente como javali (do árabe djabali, significando porco montanhês),
javardo, porco-bravo e porco-montês (as fêmeas são conhecidas como javalina e
gironda).
É um mamífero
artiodáctilo, da família Suidae, de médio porte e corpo robusto.
É a mais conhecida e
a principal das espécies de porcos selvagens.
Tem ampla distribuição geográfica, sendo nativo da Europa.
Evoluiu o actual porco doméstico (Sus domesticus ou Sus
scrofa domesticus).
Características
físicas

Os javalis são animais de grandes dimensões, podendo os
machos pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg.
Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma
altura no garrote de 100 cm.
Os machos são consideravelmente maiores que as fêmeas, além
de terem dentes caninos maiores.
O corpo do javali é robusto e estreito, com patas
relativamente curtas.
Tem uma cabeça grande, triangular, com olhos pequenos, mas
quando é criado junto aos porcos domésticos, para criar o híbrido javaporco, o
crânio começa a mudar ficando mais assemelhado ao do porco doméstico.
Os quartos dianteiros do javali são mais robustos que os
traseiros, enquanto que no porco doméstico ocorre o contrário.
A diferença deve-se à intensa seleção por variedades de
porcos domésticos com mais carne levada a cabo pelos criadores.
A boca é provida de enormes caninos que se projetam para
fora e crescem continuamente.
Os caninos superiores são curvados para cima, enquanto os
inferiores, maiores ainda, chegam a ter 20 cm de comprimento.
Os caninos são usados como armas em lutas entre machos e
contra inimigos.
Ao contrário de certas raças de porcos domésticos, os
javalis são cobertos de pelagem.
Os pelos são rijos e nos adultos variam de cor entre o
cinza-escuro e o acastanhado.
Os filhotes apresentam cor de terra clara com listras
negras, o que lhes dá uma camuflagem muito eficiente.
A pelagem dos filhotes escurece com a idade.
Habitat
Os javalis preferem
bosques com bastante vegetação onde possam esconder-se, mas também frequentam à
noite áreas abertas, assim como áreas cultivadas.
Em sua ampla área de
distribuição, ocupam bosques temperados até florestas tropicais.
Não ocorrem em desertos nem em alta montanha.
Hábitos alimentares
O javali passa grande parte do dia
fossando a terra em busca de comida.
É um animal omnívoro,
com preferência por matéria vegetal como raízes, frutos, bolotas, castanhas e
sementes.
Também invadem terras cultivadas, especialmente campos de
batata e milho.
Os javalis também incluem animais em sua dieta, como
caracóis, minhocas, insetos, ovos de aves e até pequenos mamíferos. Também
consomem animais mortos.
Podemos encontrar javalis na beira dos ribeiros e lagos
escondidos nos bosques a beber.
Comportamento
O javali é de comportamento sociável, mas
não é territorialista, ou seja, não marca territórios.
Reúne-se em grupos matriarcais, normalmente com três a cinco
animais, formados pelas fêmeas e suas crias, embora possam ser encontrados
grupos superiores a vinte indivíduos.
A javalina (ou gironda - a fêmea do javali, quando já
madura) dominante é a de maior idade e tamanho e sempre fica um pouco mais
afastada do grupo como uma Guarda, que normalmente dá sua vida para que o
restante fuja.
Os jovens machos de um ano, chamados "barrascos",
vivem na periferia do grupo.
Exceptuando-se o período de cio, os machos em idade
reprodutora (barrões, varrões) são bem mais solitários, mas podem ser vistos
acompanhados por um ou mais machos jovens, conhecidos por
"escudeiros".
O grunhido do javali chama-se "arruar".
O javali, durante o dia, é normalmente sedentário e descansa
em "manchas" (zonas de mato mais ou menos denso), onde faz seu
"encame" (a "cama" do javali é constituída por pequenas
depressões no terreno, feitas por eles próprios, sendo as destinadas a
maternidade autênticos ninhos de vegetação construídos pelas marrãs - fêmeas
parideiras).
Durante as noites, é bastante ativo, chegando a percorrer
distâncias consideráveis, que podem variar de 2 a 14 km por noite, normalmente
ao passo cruzado ou ao trote ligeiro, enquanto nas corridas pode praticar um
rápido galope, que, no entanto, pode manter por curto período apenas.
Nos bosques, utiliza quase sempre os mesmos caminhos para
suas andanças, variando com as estações e disponibilidade alimentar ou de
refúgio, mas as fêmeas prenhes ou com crias tornam-se mais sedentárias.
Os banhos na lama têm várias funções para os javalis.
Uma função é regular a temperatura corporal, uma vez que os
javalis não suam por terem glândulas sudoríparas atrofiadas.
De igual modo se considera que os banhos de lama têm
importante papel nas relações sociais da espécie, inclusive na seleção sexual.
Enquanto no verão usam do banho na lama todos os javalis,
sem distinção de sexo ou idade, durante a época do cio parecem reservados quase
que exclusivamente aos machos adultos. Tem-se considerado que estes banhos
podem ajudar a manter os odores corporais sob um substrato estável como aquele
proporcionado por uma camada de barro aderida ao pêlo.
Na Europa, o tempo de reprodução vai de Novembro a Janeiro,
quando os machos adultos solitários buscam fêmeas receptivas. Ao encontrar uma
"vara" (grupo de animais de mesma ninhada), o macho começa por
expulsar os jovens do ano anterior.
Se necessário, luta
contra seus rivais para conquistar as fêmeas, em geral duas ou três, podendo
alcançar até mesmo oito.
As lutas pelas fêmeas
podem ser ferozes: muitas vezes, os machos terminam feridos pelos caninos dos
rivais.
A gestação dura cerca de 110 dias, com os nascimentos
ocorrendo entre Fevereiro e Abril.
As ninhadas têm entre 2 a 10 leitões, que após uma semana já
podem acompanhar a mãe em suas andanças.
O desmame acontece
aos 3-4 meses de idade.
As crias com menos de 6 meses são amarelas, raiadas de castanho-escuro
e designam-se por listados.
A partir dos 6 meses, a pelagem torna-se avermelhada e as
crias tomam o nome de farropos. Progressivamente, a pelagem vai escurecendo até
tomar uma tonalidade cinzenta escura, momento em que a cria passa a ser
considerada um javali de vara.
A maturidade sexual é alcançada aos 8-10 meses, ainda que os
machos jovens são impedidos de acasalar-se pelos machos mais velhos.
O tempo de vida médio é de cerca de 20 anos em cativeiro.
O javali é o único animal mamífero que, devidamente
estimulado, ejacula depois de morto, sendo esta uma prática comum nas caçadas
de besta.
Túmulo gótico (século XIV) de Pedro Afonso, conde de
Barcelos, com cenas de caça ao javali na lateral.
Os caçadores usam lanças e cornetas, além de cães (Mosteiro
de São João de Tarouca, Portugal).
Desde a Antiguidade Clássica à Idade Média, o javali foi
sempre considerado como espécie cinegética de prestígio, especialmente os
machos adultos, que eram vistos como o paradigma da coragem e bravura. Antes do
advento das armas de fogo, o javali era caçado usualmente com um tipo de lança
específico para o objectivo.
A caça ao javali é
ainda hoje em dia muito popular.
As referências culturais ao javali são abundantes desde pelo
menos a Grécia Antiga. Um dos doze trabalhos de Hércules foi caçar o javali de
Erimanto.
O javali foi também símbolo de legiões romanas como XX
Valeria Victrix, I Italica e X Fretensis.
Foi também um animal comum na heráldica medieval europeia;
por exemplo como símbolo pessoal do rei Ricardo III de Inglaterra e nos brasões
de várias cidades.
Na cultura popular actual, é o prato preferido na
irredutível aldeia gaulesa das historietas de Asterix e Obelix.
