Notícias sobre o Lince-Ibérico
O lince-ibérico (Lynx pardinus), também conhecido pelos nomes populares de
Cerval, lobo-cerval, gato-cerval, gato-cravo ou gato-lince, é a espécie de
felino mais gravemente ameaçada de extinção e um dos mamíferos mais ameaçados.
Tem um porte muito maior do que um gato doméstico e o seu habitat restringe-se à
Península Ibérica. Apenas existem cerca de cem linces ibérico em liberdade em
toda a Península Ibérica. Aparentemente encontra-se extinto em Portugal.
Distribuição
O lince-ibérico somente existe em Portugal e Espanha. A
população está confinada a pequenos agregados dispersos (ver mapa de
distribuição), resultado da fragmentação do seu habitat natural devido a
factores antropogénicos. Apenas 2 ou 3 agregados populacionais poderão ser
considerados viáveis a longo termo. A sua alimentação é constituída por coelhos,
mas quando estes faltam ele come veados, ratos, patos, perdizes, lagartos, etc.
O lince-ibérico selecciona habitats de características mediterrânicas, como
bosques, matagais e matos densos. Utiliza preferencialmente estruturas em
mosaico, com biótopos fechados para abrigo.O lince-ibérico pode-se encontrar na
Serra da Malcata, situada entre os concelhos do Sabugal e de Penamacor,
integrando o sistema montanhoso luso-espanhol da Meseta.
Habitat e ecologia
Este felino habita no matagal mediterrânico. Prefere um
mosaico de mato denso para refúgio e pastagens abertas para a caça. Não é
frequentador assíduo de plantações de espécies arbóreas exóticas(eucaliptos e
pinheiros). Como predador de topo que é, o lince ibérico tem um papel
fundamental no controlo das populações de coelhos (sua presa favorita) e de
outros pequenos mamíferos de que se alimenta.
Actualmente existem condições em portugal para o
Lince-Ibérico já existe instituições a quererem introduzir o Lince-Ibérico em
Portugal.
Comportamento
É um animal essencialmente nocturno. Trepador exímio. Por
dia, poderá deslocar-se cerca de 7 km.
Os territórios dos machos podem sobrepôr-se a territórios de
uma ou mais fêmeas.
Os acasalamentos, pouco frequentes, ocorrem entre Janeiro e
Março e após um período de gestação que varia entre 63 e 74 dias nascem entre 1
e 4 crias. O mais comum é nascerem apenas 2 crias que recebem cuidados
unicamente maternais durante cerca de 1 ano, altura em que se tornam
independentes e abandonam o grupo familiar. Regra geral, quando nascem 3 ou 4
crias, estas entram em combates por comida ou sem qualquer motivo e acabam por
sobrar apenas 2 ou até 1, daí um dos seus pequenos aumentos populacionais.Não
existe dimorfismo sexual entre macho e fêmea.
Ameaças
A principal ameaça resulta do desaparecimento progressivo
das populações de coelhos (sua principal presa) devido à introdução da
mixomatose. A pneumonia hemorrágica viral, que posteriormente afectou as
populações de coelhos, veio piorar ainda mais a situação do felino.
Outras ameaças:
- Utilização de armadilhas
- Caça ilegal
- Atropelamentos
Medidas de conservação
Um programa de reprodução em cativeiro está a ser
desenvolvido em Espanha. Para tal, linces que estejam em subpopulações inviáveis
terão que ser capturados.
- Esta espécie está totalmente protegida em Portugal e Espanha
- Listada na CITES (apêndice I)
Em Portugal, a Liga para a Protecção da Natureza (LPN), em
parceria com a organização internacional Fauna & Flora International (FFI),
lançou, em 2004, o Programa Lince, que conta com a participação e o apoio
técnico e científico de um grupo composto pelos principais especialistas nesta
espécie em Portugal. No âmbito deste Programa, têm sido desenvolvidos projectos,
entre os quais se incluem Projectos LIFE, que visam sobretudo a recuperação do
habitat natural do Lince Ibérico. O Centro Nacional de Reprodução do
Lince-Ibérico (CNRLI) de Silves terá o propósito de fazer com que linces
reprodutores em cativeiro se reproduzam no território nacional.
Reprodução
Época de reprodução:
Janeiro a Julho, com um pico entre Janeiro e Fevereiro.
Época de nascimentos: Março a Abril.
Gestação: cerca de 2 meses.
Tamanho da ninhada: 2-3 crias.
Sobrevivência até à independência: 1-2 crias por fêmea.
Idade de independência: 7 a 10 meses.
Idade da primeira reprodução: Fêmeas: primeiro Inverno; Machos: aos dois anos.
Longevidade: Até 16 anos.
Época de nascimentos: Março a Abril.
Gestação: cerca de 2 meses.
Tamanho da ninhada: 2-3 crias.
Sobrevivência até à independência: 1-2 crias por fêmea.
Idade de independência: 7 a 10 meses.
Idade da primeira reprodução: Fêmeas: primeiro Inverno; Machos: aos dois anos.
Longevidade: Até 16 anos.
Alimentação
Dentro das presas disponíveis nos habitats mediterrânicos da
Península Ibérica, o lince selecciona fortemente o coelho-bravo que constitui
entre 80 a 100% da sua alimentação. Esta elevada percentagem varia muito pouco
entre áreas geográficas e entre as estações do ano. As necessidades energéticas
de um lince adulto variam entre 600-1000 kcal, o que corresponde a aproxidamente
à energia contida num coelho adulto. Uma fêmea com duas crias necessitará de
caçar cerca de 3 coelhos por dia. A partir destes dados calculase que a
densidade minima de coelho para permitir a reprodução do lince será de cerca de
4 indivíduos/hectare.
Outros vertebrados como roedores, lebres, perdizes e outras aves podem também ser predados pelo lince. No entanto, em nívies significativamente inferiores aos do coelho.
Outros vertebrados como roedores, lebres, perdizes e outras aves podem também ser predados pelo lince. No entanto, em nívies significativamente inferiores aos do coelho.



