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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Gato-Bravo

O gato-bravo (Felis silvestris), também conhecido como gato-selvagem, gato-cabeçana ou gato-montês, é um pequeno felino natural da Europa, África e Ásia. A espécie é bastante versátil e ocupa habitats diversificados como savanas, florestas e estepes. O gato-doméstico evoluiu a partir do gato-bravo e é considerado como sua sub-espécie (Felis silvestris catus).

 

Características

O gato-bravo é um carnívoro de médio porte, semelhante aos gatos-domésticos, porém mais robusto. A cabeça é grande e arredondada, com um focinho curto e poderosas mandíbulas. Os olhos são geralmente verdes. As patas são curtas e fortes.
A pelagem é acastanhada e/ou acinzentada, o que permite camuflar-se no seu ambiente. A principal característica distintiva é a sua cauda grossa e de aspecto tufado, que apresenta 3 a 5 anéis pretos, largos e bem espaçados, terminando numa ponta negra arredondada. O corpo também tem riscas ao longo dos flancos e patas. Ao contrário de muitos gatos-domésticos, a pelagem do gato-bravo não tem pintas.
 
Gato-bravo.
Os machos têm entre 52 e 65 cm de comprimento e pesam em média 5 kg (máximo 7 kg), enquanto as fêmeas medem entre 48 e 57 cm e pesam cerca de 3,5 kg. O peso dos animais varia sazonalmente.

 Habitat

O gato-bravo habita preferencialmente bosques fechados, mas também ocorrem em matagais mediterrâneos e florestas de coníferas. Durante o dia podem refugiar-se em buracos de árvores, fendas nas rochas ou tocas abandonadas de outros animais.

 Comportamento

É um animal tímido e esquivo, de hábitos nocturnos e difícil de observar na natureza. Como quase todos os felinos, o gato-bravo é um animal solitário.
Cada animal controla um território que defende tenazmente de invasores. Machos e fêmeas procuram-se apenas na época do acasalamento, no final do inverno boreal. Os territórios podem ter entre 0.6 e 3,5 km², ainda que em Portugal os territórios tendem a ser maiores, alcançando 10–12 km².
Os gatos-bravos tem excelentes sentidos: audição, olfato e visão. São também grandes trepadores, passando grande parte do tempo sobre os ramos das árvores.
Gato-bravo.

 Alimentação

O gato-bravo come principalmente pequenos mamíferos como roedores (ratos-selvagens) e lagomorfos (coelhos e lebres). Também come aves e, mais raramente, pode alimentar-se de répteis, anfíbios e até mesmo de insectos.

Reprodução

Os acasalamentos ocorrem no final do inverno, entre janeiro e março. Nessa época os machos mais dominantes copulam com várias fêmeas. Após um período de gestação de entre 63 a 70 dias nascem os filhotes, a maioria entre o final de março e o final de abril. As ninhadas têm entre 3 a 7 crias. As fêmeas tem uma ninhada por ano.
As crias são amamentadas entre 6 a 7 semanas, e a partir dessa idade começam a tornar-se independentes e a procurar um território onde estabelecer-se. As fêmeas alcançam a maturidade sexual aos 9-10 meses de idade, e os machos aos 12 meses.

Distribuição e subespécies

As várias sub-espécies selvagens do gato-bravo têm ampla distribuição geográfica, ocorrendo em grande parte da Europa, Ásia e quase toda a África excetuando o deserto do Sahara.
 
Distribuição das subespécies de Gato-bravo no Velho Mundo baseada num estudo genético de 2007. Na Europa a variedade F. silvestris silvestris já teve uma distribuição mais ampla no passado (azul-claro) que hoje (azul-escuro).
De acordo com um estudo genético de 2007, há cinco sub-espécies de gato-bravo:
  • Felis silvestris silvestris (Europa e Turquia).
  • Felis silvestris lybica (Norte da África, Oriente Médio e Ásia Central).
  • Felis silvestris cafra (África subsariana).
  • Felis silvestris ornata (Paquistão, noroeste da Índia, Mongólia e norte da China).
  • Felis silvestris bieti (China).
Além das sub-espécies selvagens, os gatos-domésticos são considerados membros da subespécie Felis silvestris catus, derivada da domesticação do gato-da-Líbia (Felis silvestris lybica) na região do Crescente Fértil mais de 9000 anos atrás.
O gato-bravo desapareceu de várias regiões da Europa Ocidental. Em Portugal ocorre a sub-espécie Felis silvestris silvestris de norte a sul do país, mas não se conhece sua tendência populacional. Várias áreas de conservação em Portugal abrigam populações de gatos-bravos, como o Parque Nacional da Peneda-Gerês, Parque Natural do Alvão, o Parque Natural de Montesinho, o Parque Natural do Douro Internacional, o Parque Natural da Serra de São Mamede, a Reserva Natural Serra da Malcata, Serra de Montemuro, etc.

Ameaças

Ainda que globalmente considerado uma espécie abundante, o gato-bravo é ameaçado localmente pela caça furtiva, destruição de habitats e diminuição das suas presas naturais (roedores e coelhos). Na Europa, um dos principais problemas é a hibridação da sub-espécie selvagem, Felis silvestris silvestris, com o gato-doméstico, que pertence a outra sub-espécie. Estudos genéticos1 mostram que, em algumas regiões europeias, grande parte dos gatos-bravos europeus são híbridos entre as sub-espécies selvagem e doméstica.

O Impacto da energia Eólica no ambiente

Resistência às ventoinhas gigantes em cada monte de Portugal

A energia eólica é uma energia limpa e barata para a produção de electricidade. Para além disso reduz a nossa dependência de combustíveis fósseis que são importados e contribui para a redução de gases de efeito estufa e outros efeitos adversos de poluição.
E os diversos governos dos países europeus e a própria União Europeia promovem e incentivam empresas para a construção de parques eólicos, apoiando as iniciativas com generosos subsídios e enquadramento legislativo favorável. Todas estas afirmações, lugares comuns, quando se trata de energia eólica, estão gradualmente a serem questionadas.
Uma pequena pesquisa que pode ser efectuada na Internet revela que o impacto da energia eólica no ambiente está longe de ser benigno e o dinheiro investido nessas iniciativas está longe de ter a sua eficiência.
Um dos problemas mais importantes relacionado com a energia eólica é o da intermitência do vento. A rede eléctrica tem que ajustar-se continuamente ao fornecimento e à procura, para manter a “pressão” (isto é a voltagem) constante no sistema. Quando a procura aumenta o fornecimento tem que aumentar necessariamente e quando a procura baixa o fornecimento tem que também baixar.
Mas as turbinas eólicas. como reagem ao vento e não às necessidades da procura, tem que ser consideradas como uma procura variável e não como um fornecedor seguro. A rede eléctrica tem que ajustar assim o fornecimento tanto em função das flutuações do vento como às variações da procura.
Uma coisa, porém, é a intermitência do vento, outra a sua variabilidade. Enquanto a variabilidade implica uma flutuação em torno de uma certa linha básica (como a variação da procura de electricidade ao longo do dia), a intermitência implica algo que frequentemente começa e para. A energia eólica é portanto tanto intermitente como variável.
Em relação à “verdade” de que a energia eólica contribui para a redução de gases de efeito estufa, não existe uma evidência que as turbinas eólicas contribuam para uma poupança do CO2.
A fonte energética que a energia eólica poderia eventualmente substituir é a energiahídrica (que também é renovável), e esta já é livre de emissões de CO2. As outras energias convencionais não podem ser simplesmente desligadas e substituídas pela energia eólica, por esta ser intermitente e variável, pelo que não existe neste caso uma poupança de CO2.
O sucesso da energia eólica nos países como Alemanha ou Dinamarca é merecedora de um debate sério, já que nenhum destes países conseguiu reduzir a utilização de outras fontes energéticas ou a emissão dos gases de efeito estufa em consequência da utilização da energia eólica.
Na Dinamarca, a produção da energia eólica corresponde a 20% da energia utilizada no país. Só que grande parte dessa energia eólica é exportada para a Suécia e a Noruega onde é utilizada nas bombas hidráulicas.
Para além disso, grande parte dos parques eólicos dinamarqueses são propriedade das comunidades locais, pelo que, enquanto esses parques são uma fonte de rendimento para essas comunidades, torna-se difícil para os seus proprietários crerem que não estão contribuindo para a produção (diga-se “consumo”) desse tipo de energia. Mesmo assim, nos últimos anos tem-se verificado um significativo decréscimo na construção de parques eólicos onshore na Dinamarca.
A energia eólica é barata? A construção de um parque eólico industrial custa cerca de um milhão de euros por MW de capacidade. O vento pode ser de borla, mas as torres e as turbinas eólicas tem que ser construídas e mantidas. Para além do que as infraestruturas de transmissão, necessárias para o seu apoio, também têm os seus custos.
Para suportar todos esses custos os governos retiram do bolso do contribuinte o dinheiro necessário para pagar a electricidade gerada pelas turbinas eólicas, porque caso contrário a energia eólica não é competitiva.
Mas então porque é que as organizações ambientalistas são defensoras tão acérrimas da energia eólica? Simplesmente porque acreditam nos seus supostos benefícios.
É uma espécie de conforto espiritual crer que existe uma fonte de electricidade benigna que serve para remediar os nossos problemas energéticos. E como a esmagadora maioria de pessoas não foi propriamente ameaçada pessoalmente pelo desenvolvimento da energia eólica, existe pouca propensão pública para questionar essa crença, uma crença que é ainda mais reforçada pelo facto de os governos serem compelidos para a redução das importações de combustíveis ou das emissões de CO2.
Para além disso, a grande dimensão das turbinas eólicas industriais tornou-as poderosos ícones, em termos de simbologia de desenvolvimento, no imaginário popular. Os grupos ambientalistas encontram-se assim entalados numa posição pouco agradável de, por um lado terem que apoiar nesta matéria os governos e por outro apoiarem a indústria de energia eólica (geralmente grandes oligopólios energéticos), sublimando assim as “inverdades” da energia eólica.
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Agressões ambientais, e não só, da energia eólica

As modernas turbinas eólicas têm, em geral, um baixo nível de rotações. Mas mesmo assim as suas 10-20 rpm nas extremidades das pás, dependendo do modelo, têm um impacto significativo nos pássaros e nos morcegos. Esse risco varia, claro, segundo as regiões e as zonas. As aves canoras migram geralmente durante a noite e à baixa altitude, correndo assim sérios riscos de chocarem com as pás.


Os responsáveis pelas turbinas eólicas industriais tentam justificar esta ameaça aos pássaros explicando que na realidade eles salvam muitos mais pássaros pelo facto de limparem o ar impedindo assim o aquecimento global. O que é errado já que a energia eólica não substitui outras fontes de electricidade.
Num estudo elaborado pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) afirma-se que os impactes que mais têm interessado o público em geral são a perturbação e o efeito de barreira causados pelos aerogeradores sobre as diversas espécies de aves e a mortalidade destas e de morcegos, devido à colisão com as pás e outras estruturas associadas. Assim, por exemplo, no parque eólico de Fonte dos Monteiros (Vila do Bispo) foi estimada uma mortalidade de 55,77 – 94,56 aves/ano.
Existem numerosos estudos que revelam por outro lado que o valor das propriedades que circundam um parque eólico baixa significativamente de valor (cerca de 15%) nos primeiros dois anos após a construção do parque, estabilizando-se depois este preço. O que significa que essas propriedades perdem de valor com a vizinhança dos parques.
Para além do ruído e das vibrações, as torres eólicas industriais estorvam significativamente o valor paisagístico de uma região. Adicionalmente o piscar das lâmpadas de aviso existentes no seu topo perturbam a paisagem mesmo durante a noite.
Jochen Flasbarth, do Ministério do Ambiente alemão e antigo presidente da organização ambientalista NABU (Naturschutzbund Deutschland e.V). chamou por diversas vezes à atenção do problema da conflitualidade emergente entre a energia eólica e a protecção da natureza, particularmente nos aspectos de estética paisagística e da protecção das aves.
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Zona livre de parques eólicos (ZOLPE)

Os protestos em Portugal em relação à energia eólica têm sido tíbios mas vão-se avolumando cada vez mais. A maioria prende-se com os impactes visuais negativos e a incidência na protecção da natureza. Como os parques eólicos em Portugal encontram-se localizados normalmente em áreas rurais e áreas de montanha ou costeiras, estas áreas incluem muitas vezes habitates importantes para a conservação da natureza, alguns com elevada sensibilidade ambiental.
Regra geral, os próprios Estudos de Impacte Ambiental (EIA) que antecedem a instalação dos parques eólicos, enumeram os impactes negativos das instalações, mas tentam relativizar esses impactes com expressões de carácter dubioso.
A citação de um EIA, que se segue, revela esta metodologia de branqueamento dos impactes negativos dos parques eólicos. “Com a aplicação de medidas minimizadoras, não haverá efeitos negativos graves sobre o ambiente. Poderá existir perturbação sobre a avifauna e morcegos existentes na zona, pelo funcionamento dos aerogeradores.
Os restantes animais, segundo mostra a experiência, adaptam-se, acostumando-se ao ruído. Relativamente aos acidentes de colisão com os aerogeradores, são em número muito reduzido.
Negativo é o impacte visual na paisagem, com a presença dos aerogeradores. pelo que se recorrerá à sua pintura com tintas sem brilho e revestimento do edifício de comando com material adequado, de modo a permitir a sua integração paisagística. “
As resistências a nível local vão-se multiplicando. Segundo o Jornal do Nordeste a proposta inicial do Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho não ia permitir a instalação de um parque eólico na serra de Montesinho, onde as pessoas comentavam que “essas torres desvirtuam a paisagem e o barulho das pás a cortar o vento não é propriamente música para os nossos ouvidos” João Peças Lopes, coordenador-adjunto da Unidade de Sistemas de Energia (USE) do INESC Porto, presidente do Júri do Concurso Internacional para Atribuição de 1500 MW de Produção Eólica em Portugal, afirmava em entrevista: “São evidentes as vantagens da energia eólica em termos ecológicos, embora haja ecologistas que estão contra a instalação das torres eólicas, devido ao impacto visual.
Há ainda o impacto em termos de ruído e há um impacto na vida animal, como por exemplo, pássaros que ficam perturbados com o barulho das turbinas…. Mas é um preço a pagar”.
A intenção de instalação de um parque eólico na Serra d’Arga foi contestada por moradores da freguesia da Montaria, Viana do Castelo, que temiam pelo impacto visual e paisagístico das “ventoinhas gigantes”. “Que ninguém venha depois chorar por se ter permitido tal atentado”, referia um morador ao «O Primeiro de Janeiro».
Devagarinho, essa oposição chega mesmo aos responsáveis políticos ao nível local. Em Caldas de Rainha os vereadores João Aboim, do PSD, e António Galamba e Nicolau Borges, do PS, opuseram-se a uma fase preliminar de construção de parque eólico tendo declarado que “por princípio, votamos contra a instalação de parques eólicos em qualquer zona da orla costeira”.
Recentemente um abaixo-assinado, que foi sufragado por oitenta por cento da população da Igreja Nova, no concelho de Mafra, exigia a reformulação do plano eólico para a região de Mafra manifestando-se contra a construção do parque eólico do Faião, na freguesia da Terrugem, por os aerogeradores encontrarem-se praticamente no meio das casas.
A luta contra a construção das turbinas eólicas industriais tem tido cada vez mais sucesso em diversas partes do mundo, desde os Estados Unidos à Austrália. Em Janeiro deste ano, na Alemanha, a população de Bieswang (no Landkreis WeíBenburg-Gunzenhausen) conseguiu, depois de uma dura luta de dois anos, levar a que a (M empresa Windwârts desistisse da construção de um parque eólico na localidade.
E neste mês de Abril esperava-se que a população das freguesias de Hausbay, Laudert, Maisborn e Pfalzfeld, na região de Hunsriickhõhe, também na Alemanha, conseguisse impedir a construção de parques nesta região. Os habitantes lutam para que esta região do Reno não perca a sua beleza paisagística, considerando que a construção de parques eólicos representa uma violação da paisagem natural.
A população destas aldeias alemãs vai criar nesta região uma zona onde não será permitida a construção de parques eólicos (‘Windradfreie Hunsriickhõhe’). A semelhança de zonas livres da energia nuclear surgiria assim uma ZOLPE (Zona Livre de Parques Eólicos).

quinta-feira, 7 de março de 2013

Mamíferos (carnívoros) da Península Ibérica

(Ursidae) o urso-pardo Ursus arctos;(já extinto)


(Canidae) a zorra ou raposa Vulpes vulpes;


(Felidae) o gato-bravo Felis silvestris;

(Mustelidae) o texugo Meles meles;

(Mustelidae) a lontra Lutra lutra;

(Mustelidae) a marta Martes martes;

(Mustelidae) a fuinha Martes foina;

(Mustelidae) o toirão Putorius putorius

(Mustelidae) o arminho Mustela erminea;

(Mustelidae) a doninha Mustela nivalis;

(Mustelidae) o visão-europeu Mustela lutreola;

(Mustelidae) o visão-americano Mustela vison;

(Viverridae) a gineta Genetta genetta;

(Viverridae) o saca-rabos Herpestes ichneumon.

terça-feira, 5 de março de 2013

Noticias





Reportagem SIC, Abril de 2012, de Carla Castelo, sobre o trabalho da Bióloga Sofia Reboleira, a descoberta do tisanuro cavernícola do Algarve Squamatinia algharbica e a descoberta da comunidade subterrânea mais profunda do mundo, na gruta Krubera-Vorónia.